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Resenha "Rebirth" - Angra

06/06/2015 00:14
"Rebirth" é um álbum da banda brasileira de Metal Melódico Angra, lançado em 2001.
O álbum é um trabalho conceitual que contava um pouco sobre o renascimento (daí o título) da banda, uma vez que a formação original havia se separado. Da antiga formação sairam André Matos, Ricardo Confessori e Luis Mariutti, dando lugar para Edu Falaschi, Aquiles Priester e Felipe Andreoli (respectivamente).
                                
 
A primeira faixa, "In Excelsis" é uma faixa instrumental que serve de entrada para o álbum. É uma coisa meio ambiental.
 
"Nova Era" é efetivamente a primeira música do disco. É uma faixa rápida, mas melódica e extremamente grudenta. O refrão é fácil de decorar, os solos são rápidos e a cozinha é realmente um lugar "em chamas". Como são bons técnicamente Felipe Andreoli e Aquiles Priester. Até hoje essa canção é executada, sendo um clássico da banda.
 
"Millennium Sun" é talvez a mais diferente, porém não estou dizendo que é uma música ruim... pelo contrário. Ela começa com voz e piano e vai se desenvolvimento até a entrada dos demais instrumentos. A letra fala sobre o Sol do novo milênio e foi composta para falar sobre as mudanças que os novos tempos traziam, já que o álbum foi composto na virada dos anos 2000. A partir do meio da música vemos as caracterísitcas que destacam o Angra, riffs poderosos e solos animais.
 
"Acid Rain" é uma das mais pesadas da trajetória do Angra, e também uma das melhores (guitarristicamente falando). Edu nos mostra um vocal poderoso e a conversa das duas guitarras é incrível. Desde de sua estréia, a dupla Kiko Loureiro/Rafael Bittencourt já foi jogada lá em cima no que toca a habilidade com a guitarra, e aqui vemos o porquê. As frases e dobras são demais!
 
"Heroes of Sand" é minha música favorita do Angra, e a segunda melhor do álbum. Ela começa com Edu cantando sobre uma base de tappings limpos executados por Kiko; é incrível a melodia extraída aqui. Com o desenvolver da música vamos vendo o crescimento da história que culmina num refrão grandioso. O destaque realmente fica no solo final; Rafael Bittencourt nos presenteia com um solo magnífico, épico. Um solo cheio de melodia e um feeling enorme!
 
"Unholy Wars" traz o "algo" que marcou o Angra como uma banda diferente: o uso de ritmos brasileiros em sua música. Ela começa com uma introdução em um ritmo bem nordestino, com batida, coro e tudo. Logo após vem o speed metal que a banda executa tão bem. Uma grande música!
 
"Rebirth" é a melhor canção do disco e digo isso por dois motivos: 1) a letra é linda. Ela expressa o momento pelo qual a banda passava. Um momento de incertezas, medos e principalmente, um momento de renascimento. 2) a parte instrumental. O inicio dela é levado por um violão no estilo clássico tocado pelo Rafael, que constrói uma melodia incrível. É o tipo de linha instrumental que quem ouve uma vez, reconhece à quilômetros de distância. Os solos também são um diferencial. Na parte dos solos nós vemos como os dois guitarristas são diferentes, mas se completam ao mesmo tempo. O vocal é muito potente e o refrão grudento. Difícil ouvir e não passar o dia cantarolando. Clássico absoluto.
 
"Judgement Day" é provavelmente a faixa menos lembrada do disco. É bem cadenciada, no entanto carrega os riffs característicos e a cozinha pesada do trabalho. É uma faixa realmente boa.
 
"Running Alone". A descrição é simples: cheia de riffs, solos super elaborados, vocal excelente e uma dupla muito afiada, Aquiles e Felipe que passaram o disco desfilando habilidade e para fechar ainda nos dão uma pancada sonora. É realmente incrível.
 
Para finalizar temos uma adaptação do Opus 24 em Cm (Dó menor) de Chopin, "Vision Prelude". A palavra que descre essa música é "melancólica". É belíssima e com ceretza fecha o disco com chave de ouro.
 
A versão japonesa ainda trás "Bleeding Heart". Ah, essa canção. Uma linda balada levada por um violão extremamente simples e ainda sim é uma canção muito bonita. Com certeza uma das favoritas dos fãs.
 
 
"Rebirth" é um álbum SENSACIONAL e de verdade, esse é um dos motivos pelo qual devemos nos orgulhar do rock brasileiro. Esse trabalho é inecável desde sua capa atá a última canção.
Ainda temos que aplaudir de pé o trio que entrou para a banda, pois eles conseguiram elevar o nível de algo já estabelecido e consagrado como o Angra.
Um destaque e curiosidade é que o Rafael Bittencourt escreveu todas as letras do disco. Isso prova como ele é bom músico e como é um músico completo, não só um guitarrista.
 
Membros:
Edu Falaschi - Vocal
Baixo: Felipe Andreoli
Bateria: Aquiles Priester
Guitarras: Rafael Bittencourt e Kiko Loureiro
Teclados: Fabio Laguna
 
Faixas:
01 - In Excelsis
02 - Nova Era
03 - Millennium Sun
04 - Acid Rain
05 - Heroes Of Sand
06 - Unholy Wars
07 - Rebirth
08 - Judgement Day
09 - Running Alone
10 - Visions Prelude
11 - Bleeding Heart (faixa bônus)

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